Esta semana, eu estava assistindo a um filme com minha filha. Um filme de 2000, 2000 e alguma coisa. Duas vidas. Aquele filme da Disney com o Bruce Willys no papél de um cara que trabalha com a imagem das pessoas: Um consultor de imagem! Isso! Um daqueles caras que te diz o que fazer, dizer, vestir e comer. Ou seja: Um daqueles caras que te ajudam, muitas vezes, a mentir para as pessoas sobre o que e quem você é.
O filme mostra um menino de 8 anos, Rusty Duritz (Spencer Breslin) que acaba se encontrando e convivendo consigo mesmo quando adulto. Russ Duritz (Bruce Willys) era um perdedor na época da escola e sofria, o que hoje chamamos de Bullying. Estória vai e estória vem, a idéia aqui não é contar o filme, então vamos lá: Em uma determinada cena, o menino pergunta ao seu "eu adulto", que é considerado pela mídia como um mago das celebridades, um homem totalmente de sucesso e vencedor na vida:
_Quer dizer que nós não namoramos a mulher que amamos, não temos um avião velho e não temos um cachorro chamados Chester?? _conclui_ Nós somos um fracasso!!
O que eu mais curto nessa cena é exatamente a idéia de permitir-se questionar se estamos fazendo a coisa que deveríamos fazer? Aquilo que somos, nossos sonhos, nossas idéias. A questão é:
Estamos exatamente onde queríamos estar? Temos nosso cachorro? Namoramos que amamos? Permitimo-nos sonhar, sentir e agir de acordo com nossas verdades?
Será que em algum pedaço do Caminho a gente não se perdeu? Será que em alguma curva, a segurança de uma vida calma, tranquila e sem novidades não nos tirou o pé de nossa verdadeira estrada? Me faço esta pergunta todos os dias, exatamente para poder continuar respirando, vivendo e olhando nos olhos de minha filha com verdade. Para que ninguém seja culpado por algum fracasso meu. Para que Deus não seja culpado pelas minhas tristezas e problemas. Espero que um dia, quando minha filha tiver um namorado e que ele venha me contar o que faz da vida e quais suas metas, ele me diga: "_Quero ter uma banda de Rock!"