sexta-feira, 19 de agosto de 2011

ESTAMOS ONDE QUERÍAMOS ESTAR?

Esta semana, eu estava assistindo a um filme com minha filha. Um filme de 2000, 2000 e alguma coisa. Duas vidas. Aquele filme da Disney com o Bruce Willys no papél de um cara que trabalha com a imagem das pessoas: Um consultor de imagem! Isso! Um daqueles caras que te diz o que fazer, dizer, vestir e comer. Ou seja: Um daqueles caras que te ajudam, muitas vezes, a mentir para as pessoas sobre o que e quem você é.
O filme mostra um menino de 8 anos, Rusty Duritz (Spencer Breslin) que acaba se encontrando e convivendo consigo mesmo quando adulto. Russ Duritz (Bruce Willys) era um perdedor na época da escola e sofria, o que hoje chamamos de Bullying. Estória vai e estória vem, a idéia aqui não é contar o filme, então vamos lá: Em uma determinada cena, o menino pergunta ao seu "eu adulto", que é considerado pela mídia como um mago das celebridades, um homem totalmente de sucesso e vencedor na vida:
_Quer dizer que nós não namoramos a mulher que amamos, não temos um avião velho e não temos um cachorro chamados Chester?? _conclui_ Nós somos um fracasso!!
O que eu mais curto nessa cena é exatamente a idéia de permitir-se questionar se estamos fazendo a coisa que deveríamos fazer? Aquilo que somos, nossos sonhos, nossas idéias. A questão é:
Estamos exatamente onde queríamos estar? Temos nosso cachorro? Namoramos que amamos? Permitimo-nos sonhar, sentir e agir de acordo com nossas verdades?
Será que em algum pedaço do Caminho a gente não se perdeu? Será que em alguma curva, a segurança de uma vida calma, tranquila e sem novidades não nos tirou o pé de nossa verdadeira estrada? Me faço esta pergunta todos os dias, exatamente para poder continuar respirando, vivendo e olhando nos olhos de minha filha com verdade. Para que ninguém seja culpado por algum fracasso meu. Para que Deus não seja culpado pelas minhas tristezas e problemas. Espero que um dia, quando minha filha tiver um namorado e que ele venha me contar o que faz da vida e quais suas metas, ele me diga: "_Quero ter uma banda de Rock!"

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Zé, ôôô Zé!!

MUITO BOM, SEM COMENTÁRIOS!


Zé era uma dessas pessoas que vive fugindo das dificuldades.

Sempre procurou caminho mais curto e cômodo. Era mestre em atalhos

Nem sempre suas soluções eram as melhores. Mas sempre estavam de acordo com os seus próprios interesses. Sofrimento era uma palavra que simplesmente não existia no dicionário do Zé.

Tudo o que pudesse provocar algum tipo de desconforto era imediatamente colocado em segundo lugar. Coisas como: solidariedade, amor desinteressado, humildade, perdão...

Um dia Zé morreu...

Ao chegar no Céu encontrou São Pedro em frente a uma grande porta com uma imensa cruz de mais ou menos cinco metros.

Zé saudou o Santo com a intimidade de um velho conhecido, ... do jeito que fazia com os amigos nos bares da vida, quando queria pedir algum favor.

Depois, então, Zé lhe perguntou: Qual o caminho mais curto para o céu?

São Pedro respondeu:
"Seja Bem-vindo, Zé! A porta é por aqui mesmo ... Entre!"

O Zé entrou e viu uma longa escada, bastante estreita e pedregosa. E perguntou imediatamente, como fazia nos velhos tempos: Não tem um caminho mais curto?

São Pedro respondeu com ternura e autoridade: "Não, Zé. O caminho é esse mesmo. Todos os que entram no céu passam por aqui. E tem mais. Você deverá levar esta Cruz até lá. São apenas cinco quilômetros de caminhada."

O Zé olhou para a Cruz e pensou com seus botões: Vou dar um jeitinho. Agradeceu e saiu com sua Cruz em direção ao Paraíso. Caminhou um quilometro sem dificuldades. Foi então que viu um serrote esquecido no chão. Olhou ao redor, não viu ninguém e não resistindo a tentação, cortou um metro da Cruz.

Continuou o seu caminho mas levou junto o serrote. Mais um quilometro ... mais um metro cortado. Mais um quilometro ... cortou outro metro.

Quando faltava apenas cem metros para chegar no Céu só havia mais um metro da Cruz. E lá ia o Zé carregando a cruz sem dificuldade, como sempre fez durante toda sua vida. Foi então que aconteceu o inesperado. Para chegar até o Céu, seria necessário atravessar um precipício. A distancia até a outra margem é de cinco metros. O Zé podia ver apenas um fogo intenso no fundo do precipício. Faltou coragem... ele não seria capaz de saltar tão longe. Desanimado, sentou. Lembrou então a oração do Anjo da Guarda que aprendera com sua avó.

Começou a rezar ... e logo seu Anjo da Guarda apareceu e perguntou:

* Ei Zé... o que você está esperando? A festa lá no Céu está uma maravilha! Você não está escutando a música e as danças?... Porque você está aqui sentado?

O Zé respondeu: Cheguei até aqui, mas tenho medo de pular este precipício. O Anjo, então, exclamou:

* Ora, Zé use a ponte!

Que ponte?... perguntou o Zé. E o Anjo respondeu: Aquela que São Pedro lhe deu lá na entrada! Onde está a sua ponte, Zé? E, Zé compreendendo o seu grande erro respondeu tristemente ao Anjo:

* Eu cortei!

Enviada por: Leila Miccolis

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Esse terrível ferro-velho!

Queridos, hoje lembrei-me de um texto muito bom e que para mim representa muito do que é ser o Tarot. Realizar-se no Caminho mágico do Tarot, entregar-se ao Poder dessa filosofia. Espero que curtam. Segue abaixo:

Como temperar o aço

Lynell Waterman conta a história do ferreiro que, depois de uma juventude cheia de excessos, decidiu entregar sua alma a Deus. Durante muitos anos trabalhou com afinco, praticou a caridade, mas - apesar de toda a sua dedicação, nada parecia dar certo em sua vida.
Muito pelo contrário: seus problemas e dívidas acumulavam-se cada vez mais.
Uma bela tarde, um amigo que o visitava - e que se compadecia de sua situação difícil - comentou:
- É realmente muito estranho que, justamente depois que voce resolveu se tornar um homem temente a Deus, sua vida começou a piorar. Eu não desejo enfraquecer sua fé, mas, apesar de toda a sua crença no mundo espiritual, nada tem melhorado.
O ferreiro não respondeu imediatamente: ele já havia pensado nisso muitas vezes, sem entender o que acontecia em sua vida.
Entretanto, como não queria deixar o amigo sem resposta, começou a falar - e terminou encontrando a explicação que procurava.Eis o que disse o ferreiro:
- Eu recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado, e preciso transforma-lo em espadas. Voce sabe como isso é feito?
"Primeiro, eu aqueço a chapa de aço num calor infernal, até que ela fique vermelha. Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado, e aplico vários golpes, até que a peça adquira a forma desejada.
"Logo ela é mergulhada num balde de agua fria, e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura.
"Tenho que repetir este processo até conseguir a espada perfeita: uma vez apenas não é suficiente."
O ferreiro deu uma longa pausa, acendeu um cigarro, e continuou:
- As vezes, o aço que chega as minhas mãos não consegue aguentar este tratamento. O calor, as marteladas, e a água fria terminam por enche-lo de rachaduras. E eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina de espada.
"Então, eu simplesmente o coloco no monte de ferro-velho que voce viu na entrada da minha ferraria."
Mais uma pausa, e o ferreiro concluiu:
- Sei que Deus esta me colocando no fogo das aflições. Tenho aceito as marteladas que a vida me dá, e as vezes sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer o aço. Mas a única coisa que peço é: "Meu Deus, não desista, até que eu consiga tomar a forma que o Senhor espera de mim.
Tente da maneira que achar melhor, pelo tempo que quiser - mas jamais me coloque no monte de ferro-velho das almas".

Sábias, verdadeiras e honestas palavras (muito!)
Fiquem bem.